quarta-feira, 23 de junho de 2010

Querido coração,

hoje um novo sol apareceu para radiar meu dia.

Me cansei daquelas tardes monótonas nas quais lhe torturava com meus sentimentos e decidi me trazer um novo amor.

Seu nome é Saudade.

Bate em minha porta todas as manhãs, como quem não quer nada. Está sempre por perto, mas nem sempre presente. Vem e vai assim que dá vontade.

Ela é traiçoeira às vezes, eu assumo.
Mas me conforta sempre que preciso... Me traz boas lembranças.

Anda sendo uma ótima companheira para os momentos de solidão, que são quase todos.
Ela me faz entender coisas que antes não tinham sentido.

Boba, essa Saudade, que não me faz sofrer e nem me faz feliz!
Não sei se ela vai durar muito.
Mas enquanto ela fica por aqui, vamos ver no que vai dar.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Letras de sangue

Recebi uma carta
escrita em vermelho, amor.

Nela palavras soavam com graça
o sentimento que rodeava
a minha cabeça, amor.

Mas nada daquilo era real,
nada daquilo era pra você.

Fechei meu mundo,
me perdi por ti.

Qualquer letra pontilhada
que vasasse em lágrimas
um sentimento teu
não chegaria aos pés
do sofrimento que tive
por receber uma carta,
escrita em vermelho,
que não eras tua, amor.

sábado, 19 de junho de 2010

Fora do comum

Sempre fui boa com as palavras.
Sempre fui boa para escrever o que sinto, o que penso, o que quero dizer.
Sempre fui boa para me expressar.

Mas dessa vez eu não encontro palavras pra me definir. Não sei se vazio, escuro e só seria o certo, ou se está tudo tão colorido que não sei explicar. Não sei se o que explode dentro de mim é confusão ou é simples calmaria.

Não sei dizer se eu quero amor ou se eu quero estar sozinha. Não sei mais andar por mim mesma e não tenho mais chão algum.

Não sei se quero ver o céu ou se quero ver a chuva cair. Não sei se eu quero me sentir viva ou quero ver o mundo acabar.

Não sei se quero que saibam quem sou e que pensem no que vou fazer.

Eu sei que eu não quero que ninguém espere mais nada de mim, que eu ando surpreendendo nem a mim mesma. Não quero preconceitos e nem ao menos conceitos.

Eu quero deixar que aconteça, pois agora sim, mais do que qualquer outra vez, eu me sinto perdida. Pois além de perdida do mundo, eu estou perdida de mim mesma.