...E foi ficando cada vez mais baixo.
A única coisa que eu passei a escutar, dali para frente, foi o som desesperado do meu coração. Ele palpitava como se mandasse eu correr, mas algo pesado me prendia ao chão. Mas que chão? Você já tinha o levado de mim. A sensação não podia ser mais estranha...
Até que você desapareceu. E então deixou de ser estranha, e sim insuportável. Não sentia meu chão e agora nem ao menos meu coração, que há pouco era a única coisa presente. Ali estava meu corpo - e apenas o corpo, porque já não existia alma - e o vazio.
O imenso vazio que você deixou sem olhar pra trás.
Agora eu era carne. E todos os sentidos da minha humilde vida tinham ido junto a ti. Todas as palavras, todas as expressões...
Junto a ti, foi toda a razão da minha existência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário